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Milly Lacombe critica modelo SAF no futebol brasileiro
A influente comentarista esportiva Milly Lacombe expressou publicamente suas preocupações em relação ao modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF), utilizado por alguns clubes brasileiros, incluindo o Botafogo. Em sua análise, Lacombe destaca os riscos financeiros e as implicações éticas geradas na administração das dívidas dos clubes.
SAFs e a realidade das dívidas
A proposta das SAFs visa transformar clubes de futebol em empresas, com o intuito de facilitar a gestão financeira e atrair investimentos. No entanto, Milly Lacombe aponta que essa abordagem pode criar uma superficialidade nas soluções financeiras adotadas, resultando em um “desfile de dívidas” que compromete a saúde financeira dos clubes.
- Falta de transparência: A comentarista denuncia que muitas gestões exercidas sob o modelo SAF não apresentam clareza nas renegociações de dívidas. A opacidade nas transações financeiras pode levar a uma desconfiança generalizada entre os torcedores e investidores.
- Renegociações questionáveis: Lacombe critica a forma como as dívidas estão sendo tratadas, afirmando que a simples renegociação não é uma solução sustentável. Segundo ela, “SAF diminui dívidas porque renegocia. Não acho isso legítimo, não acho isso decente.”
Um convite à reflexão ética
Além das consequências financeiras, Milly Lacombe provoca uma reflexão sobre a ética nas práticas de gestão. Para ela, é essencial que os clubes que adotam o modelo SAF estejam comprometidos com a transparência e a responsabilidade. Sem isso, existe o risco de que os erros do passado sejam apenas empurrados para o futuro.
Democratização da gestão?
Um ponto frequentemente levantado a favor das SAFs é a promessa de uma democratização na gestão dos clubes. No entanto, a comentarista discorda das promessas feitas, ressaltando que as boas intenções não se transformam necessariamente em boas práticas. Ao invés de democratizar, o que pode ocorrer é a centralização do poder nas mãos de poucos investidores.
A voz de quem ama o futebol
Como uma apaixonada pelo futebol, Milly Lacombe exige um retorno aos princípios que deveriam norteá-lo: a paixão, a história dos clubes e, principalmente, a confiança dos torcedores. A falta de ética nas transações financeiras pode levar a um afastamento do público, que se sente traído por gestões que privilegiam o lucro acima da paixão pelo esporte.
Possíveis impactos no Botafogo
A equipe do Botafogo, atualmente sob o regime SAF, tem enfrentado muitas dificuldades financeiras. Lacombe se preocupa que, sem uma abordagem adequada, a história do clube possa ser comprometida. Um modelo que não prioriza a saúde financeira e a transparência pode levar à repetição de erros do passado, dificultando o crescimento e a sustentabilidade do clube.
Aspectos | SAF | Tradição |
---|---|---|
Transparência | Baixa | Alta |
Gestão de dívidas | Renegociação frequente | Planejamento a longo prazo |
Interesse dos investidores | Prioritário | Secundário |
Confiança dos torcedores | Deslocada | Fundamental |
Considerações sobre a ética no esporte
A análise crítica de Milly Lacombe sobre as SAFs chama a atenção para a necessidade urgente de uma abordagem mais ética e responsável na gestão dos clubes de futebol. Olhar para o futuro não apenas através da perspectiva financeira, mas também resgatar a essência do futebol, suas tradições e valores.
O debate em torno do modelo SAF ainda está em ascensão e, enquanto muitos clubes buscam esse novo caminho, é fundamental que a ética e a transparência estejam no centro das decisões. A mudança não deve ocorrer apenas nos números, mas também nas relações entre clubes, investidores e torcedores.
O que podemos esperar do futuro?
À medida que o futebol brasileiro evolui, a voz de profissionais como Milly Lacombe se faz vital para moldar um futuro onde a ética e a sustentabilidade sejam prioridades. Somente assim será possível garantir que o esporte não perca sua essência e continue a gerar paixão e união entre os torcedores.
Assim, a tarefa de todos os envolvidos — desde dirigentes até torcedores — é apoiar uma gestão que respeite o legado do futebol, propiciando um futuro mais saudável e transparente para todos os clubes, e especialmente para o Botafogo.